19 de dezembro de 2007

SORRIR NO INVERNO-SEM CIEIRO

Com o frio, entre casacos, gorros, cachecóis e luvas, protegemos o corpo, ou quase: esquecemo-nos dos lábios. Pequenos mas decisivos “pormenores” que é preciso hidratar para aquecer os dias de Inverno com um sorriso sem fissuras. As temperaturas extremas – sejam elas baixas ou elevadas – fragilizam as defesas naturais do cor po humano. O frio, como o sol, agride a pele que se deixa exposta. No Inverno, o menos possível, porque nos munimos de todos os agasalhos que nos aquecem, erguendo uma barreira confortável entre o nosso corpo e o frio. Homens e mulheres escondem as pernas na fazenda quente das calças, tapam o pescoço com cachecóis macios, resguardam as mãos em cinco dedos de lã e completam o conforto em sobretudos mais ou menos compridos conforme o gosto e a moda. O último retoque é dado por um gorro ou um chapéu. Sobra apenas o rosto para enfrentar as agressões da meteorologia. Um rosto que se hidrata certamente, mas no qual sobressai um eterno esquecido: os lábios. Só que nos meses de Inverno os lábios ficam mais sensíveis. São facilmente vítimas de elementos agressores, como o frio, o vento e os baixos níveis de humidade. Manifesta-se então o cieiro, como é conhecida a inflamação que os médicos designam por queilite: problema dermatológico que afecta a maioria dos lábios portugueses e que pode igualmente ser causado por alergia a cosméticos ou pelo consumo de determinadas frutos ácidos. Há batons e pastas de dentes com as quais os lábios também não se dão bem, daí resultando o cieiro. Com maior probabilidade de estarem sujeitas a episódios de cieiro são as pessoas que passam a vida a mordiscar os lábios, arrancando as peles secas que se vão desprendendo. A inflamação aumenta, as fissuras aprofundam-se, os lábios doem e sangram até. Assim é o cieiro, inimigo nº1 de qualquer sorriso que se preze.

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